Galdenturex eh uma terra maldita, evitada por todos. So seus nativos conseguem sobreviver por la. Terra desertica, com pouquissima vida, quase toda ela hostil. Curiosamente, tambem eh um lugar onde magia simplesmente nao funciona. Terra de dunas, dominadas por dragoes marrons.
Um continente desértico dominado por seres poderosos. Este é o mundo de Galdenturex. Um mundo onde dragões governam desertos de areia. Desertos que dividem o continente. Duas pequenas e litorais poções de deserto rochoso.
No extremo oeste existem o orcs. No extremo leste, criaturas estranhas e inteligentes vivem unidas pela sobrevivência. A qualquer momento monstros do subterrâneo podem emergir e findar tua existência. Os ventos trazem a morte nos olhos dos abutres. A vida está sempre por um fio. E não há como escapar das garras da noite.
Há poucas árvores na única floresta existente, localizada em um pequeno ponto da região Sul-Sudoeste. A madeira só é usada em carroças, que atravessam o deserto para trazer metal. De metal são as armas: torturantes ao Sol e importentes contra o sopro ácido dos dragões. A morte percorre cada grão de areia desse continente, cada canto, cada duna. E fugir dela é quase impossível quando não há magia.
Os habitantes heróicos contam apenas com a vontade de viver, de lutar e ultrapassar qualquer obstáculo. Ogânteres das sombras e efanos da luz se unem contra a morte, presente em cada um dos quatro elementos, não como os humanos, que morreram em banalidades. Viva Galdenturex. Viva a aliança parda, ou morra em Galdenturex.
Há apenas duas espécies por aqui: ogânteres e efanos. Lendas falam de humanos em outros tempos. Como é um continente desértico, constituindo uma zona morta para a magia, dificilmente alguém aparece. Quando aparece, geralmente morre rápido demais nessas terras hostis.
Medindo cerca de 1,05m de altura e pesando por volta de 45kg, os efanos tinham ações diurnas em um passado recente. Alguns ainda agem de dia, mas a noite é mais favorável, pois deste modo podem se aliar aos ogânteres.
Suas peles são escuras, variando do moreno escuro ao negro total. Seus pés têm três dedos. É comum encontrar um efano com garras, que usam bem em combate.
Seus ombros são mais largos, tornando-os quase corcundas; e seus olhos são baixos e largos, sem deixá-los olhar para cima ou para baixo com eficiência. Eles são inclinados em cerca de 25°, formando um “V”. Por serem quase fechados, tornam difícil sofrerem grandes danos provenientes de tempestades de areia.
Os efanos costumam viver em pequenas tribos, levando uma vida herbívora difícil. Moram em kapeshis, casas de metal ou pedras, com um teto de metal em cone a um metro e meio da casa.
Eles resistem às altas temperaturas do deserto, mas às vezes vivem em cavernas, junto com os ogânteres.
Sua maior habilidade é a grande resistência a variações de temperatura e aos raios diretos do Sol.
Um humanóide pesado, com olhos grandes e uma pele totalmente despigmentada. Isso é um ogânter. Com braços grandes e corpo volumoso.
Parecem não ter pescoço, suas peles são totalmente brancas. Não há exceções. Somente a cor dos cabelos e olhos variam. Seus cabelos vão do cinza-escuro ao branco. Seus olhos grandes têm pupilas também grandes, circulares e sua cor varia do cinza ao azul.
Embora não sejam totalmente carnívoros, pois se alimentam também de vegetais como os efanos, eles têm um instinto de caça. Agem à noite, pois correm risco de sofrerem queimaduras perigosas se expostos ao Sol.
São seres noturnos, usando apenas sungas de couro de animais para se vestirem. Preferem viver nas cavernas, por ficarem lá mais longe do calor direto do Sol. Em situações normais, há espaço somente para uma família em uma caverna.
Eles enxergam no escuro, através de ecolocalização. Apesar da estrutura diferente, ogânteres têm um aspecto que lembra os kiftols, de outros continentes, sendo provavelmente espécies aproximadas.
Nove dragões marrons habitam Galdenturex.
No deserto, além dos dragões marrons, há grupos de abutres a postos para rodear qualquer forma viva que esteja perambulando por aí.
Nas caverna e túneis subterrâneos, pode-se encontrar centopéias gigantes e outras criaturas ainda piores, como minhocas gigantes.
O deserto divide o continente. Nos dois extremos há regiões montanhosas. No extremo oriente estão os ogânteres e efanos; no extremo ocidente estão os orcs. Há cidades subterrâneas próximas às cavernas e há lendas de túneis que interliguem cidades de ogânteres às cidades de orcs.
Galdenturex, noite. A brisa fria cheia de luz da Lua percorre cada grão de areia ou rocha desse imenso deserto-continente. O tempo está bom. Não há nuvens e pode-se ver claramente as constelações que se mostram nessa região. Tudo está calmo no céu. Pena que não possa dizer o mesmo da terra.
Espadas dançando sob a Lua. Há uma guerra em uma má hora. Humanos contra humanos. Irmãos lutando por razões irracionais. São duas cidades inimigas que resolveram acabar com isso de uma vez. E agora estão guerreando. Numa guerra onde se espera que haja apenas um vencedor. No meio do deserto. Fora de suas fronteiras. Quem sabe até quando essa luta prosseguirá? Madeira é mais rara que metal: espadas de ferro ou ouro. Do cabo à afiada ponta é apenas metal. Roupas de couro se rasgam aos golpes enquanto nas cidades mulheres e crianças, poucas da população, aguardam tristes o fim dessa luta.
Duas cidades em guerra. As duas únicas cidades humanas. Em guerra para ver quem será a única. Já é tarde. Sons de metal. Cheiro de sangue. Já é tarde, mas nenhuma desiste e seguem lutando até que haja um vencedor. Homens se matam no deserto. Nas cidades, mulheres e crianças fecham desesperadamente portas e janelas. Perigos noturnos. E a guerra prossegue em seus passos sangrentos.
Enquanto se matam, guerreiros não percebem que suas cidades estão sendo invadidas. Monstros noturnos derrubam as portas. Devoradores esperavam esse momento. Carnívoros comem os únicos humanos que não foram à guerra. Sem saber disso, guerreiros prosseguem em fúria doentia. Humanos contra humanos ao nascer do Sol. A montanha de corpos é imensa. Imensa é a fúria restante nos corpos que ainda lutam. Sons de metal. Cheiro de sangue. Os poucos guerreiros que sobreviveram até agora se vêem em perigo e só agora percebem seu erro.
Sons de metal. Cheiro de sangue. Mais que suficiente para atrair a atenção de seres letais. Dragões emergem do solo arenoso. São poucos, mas são poucos também os humanos sobreviventes. Inimigos se aliam em uma esperança inútil. Uma aliança que chega atrasada. Mesmo unidos, ainda são poucos. Guerreiros em pânico tentam lutar. Dragões em fome lutam ferozmente. É o fim.